quarta-feira, 26 de dezembro de 2007
E que venha um novo ciclo
Fim de ano é sempre época de se perder em reflexões, pelo menos para os ocidentais.Ou grande parte deles, a gente nunca deve generalizar, né?!
Na opinião de uma leiga observadora da humanidade, me atrevo a dizer que esse processo acontece pela necessidade de esses indivíduos enxergarem suas vidas inseridas em ciclos. Necessidade essa criada pela nossa cultura.
É perceptível a crença de que dias ruins "ficaram para trás" (no velho ciclo) e que dias melhores "estão por vir" (no novo ciclo). Mas há o peso das feridas do ciclo que se fecha... Há frustrações que são inerentes à existência humana, há outras que surgem na convivência em coletivo, enfim: há angústia e sofrimentos que muitas vezes não se deixam comparar com momentos bons e prendem as pessoas em reflexões introspectivas. A visão de que um novo ciclo está por vier pode amenizar a dor. POde ajudar a pintar novos horizontes e contiribuir com projeções mais otimistas.
OU não.
Para outros tantos o fim de mais um ciclo significa uma oportunidade de se desvencilhar de mais um peso e só aguardar a vinda de um próximo. Mas há sempre essa visão de que concluiu-se uma etapa e iniciou-se outra. COm expectativas boas ou ruins, eu sigo, você segue, a cultura em massa segue (principalmente em debates que não concretizam suas soluções), a fome na Etiópia segue... Bem como a musicalidade do nosso cotidiano, que surge até com os grilos que "cantam" no jardim e ganha eco nas buzinas do trânsito infernal de uma metrópole; bem como a produção independente de literatura crítica ou de projetos efetivos de conscientização...
E tudo vai seguindo... Cada dia mais com a idéia impregnada de que "você tem que fazer sua parte".
Em um tempo em que a mídia divulga tudo e destrói a privacidade é muito mais fácil a disseminação das tais "idéias cíclicas". E ainda assim as pessoas cultivam uma certa solidão de estado de espírito e constroem universos paralelos. Por isso que apenas individualmente há o "balanço" do qeu acabou e do que ainda está por vir.
Independente de expectativas, e ainda na qualidade de mera observadora: tomara que o processo de nossas vidas nao seja sempre visto como um continuum de ciclos e que não nos deixemos levar pelo mar da solidão metropolitana.
sábado, 24 de novembro de 2007
E o senso coletivo?
Sendo só mais uma criatura viva neste sórdido planeta, ninguém me dava atenção...
Eis que um dia apareço na televisão e passo a ser notícia, agora todos me conhecem, pois sou temido e admirado, um verdadeiro paradoxo. Cometi crimes inafiançáveis, por isso sou reconhecido, estou estampado em todas as folhas policiais, já não há esconderijo. Se houvesse, não recorreria a ele, pois já me encontrei: sou um ser de valores invertidos que não sabe ao certo se teve oportunidade de escolher tal caminho.
Acho que me enganei...
Será mesmo que é isso?
Questão de sobrevivência ou para alcançar um patamar mais alto? Na selva de pedras não há respostas, há especulações. Uma coisa eu sei: quase todos estão vendados, e enquanto isso, eu sou um mito.
Entre temores e admirações, permaneço por trás dos grilhões, bem distante do arrependimento.
Agora saí do baile de máscaras e só vejo quem quer me ver, foi a fuga da vida sem conhecer a morte.
Prazer, meu nome é José Brasileiro Frustrado, moro nos porões das melhores mansões e passeio nos piores pesadelos. O meu futuro não depende de mim e sim daqueles que se conceituam humanos e acham que vivem em uma sociedade integrada.
sábado, 27 de outubro de 2007
Quem, ou o que?
Um indivíduo entra em um site de relacionametos e é questionado: "quem é vocÊ"?
A resposta veio instantânea:
Uma fórmula sem medidas exats. O somatório do passado e presente, subtraindo-se os momentos e fatos desprezíveis.
Algo insuportável, como a sede no meio do oceano.
O ponto médio entre um conjunto de adjetivos pejorativos e um produto fora de linha.
Um corpo parado no universo.
Um romance sem desfecho.
Seguindo um continuum... Em linha reta...
Empurrada pelas forças do cosmo.
Inserida no buraca negro.
Sem mais...
Apenas no escuro, com a vontade de não ser.
sábado, 22 de setembro de 2007
As músicas nos deixam no gerúndio:
Seguindo palavras e buscando estrelas;
Querendo ver o mais distante sem saber voar;
Gritando “nada é tão triste assim”;
Não procurando agora o que encontramos antes;
Provando a todo mundo que não precisamos provar nada pra ninguém
.
.
.
Estranhos e sós não podemos ver que o céu é maior!
A solidão desse cotidiano corrido cultiva nossas excentricidades.
.
.
.
Sabendo que o pra sempre sempre acaba.
sábado, 18 de agosto de 2007
Sob pressão
domingo, 8 de julho de 2007
Entre a metamorfose ambulante e um padrão exigido
Sabe aqueles dias em que você está longe de tudo? E de todos?
Isso mesmo! Aqueles em que o mais tangível é o inalcansável.
Aqueles em que os bocejos são a trilha sonora e dar um "bom dia" ou um sorriso espontâneo são atitudes que exigem grande esforço.
É, meu camarada! A rotina te engoliu e eu não vou me juntar a você pra lamentar, afinal, eu seria só mais uma
Não, não! Me recuso!
Você está cansado, não é?!
Isso explica a falta de reação.
Ou não!
Você está se questionando se faz falta nos grupos que costumava frequentar?
Se a sua banda favorita lançou um CD novo?
Se o presidente do seu país continua dando declaraçõs absurdas a respeito do show de corrupções que assola a nação?
Vocês não tem tempo de procurar saber qual a melhor seção do cinema, hein?!
É...
São prioridades, né?!
Você lembra a última vez que foi ao médico?
Ah! Deixa eu adivinhar: conversa com amigos, só em fast food, não é isso?!
Pois eu não digo mais nada!
Me calo diante do caos.
Me anulo da condição de ser pensante.
E vejo você se afogar no mar de responsabilidades capitalistas.]E com isso, me torno sua cúmplice.
E você pensa quando houver estabilidade financeira, haverá oportunidade de realização dos seus sonhos?!
Desculpa! Eu sei que você já não pensa. É uma questão de defesa. Até porque abrir mão das suas asas não foi fácil, não é?!
Tenho medo das suas algemas, dos seus grilhões. Por isso eu fujo, com minha alma de andorinha... Até me deparar com o inevitável.
terça-feira, 26 de junho de 2007
O mérito e o monstro
Porque tem dias que você não quer falar nada e Fernando Anitelli fala por você:
"O metrô parou
O metro aumentou
Tenho medo de termômetro
Tenho medo de altura
Tenho altura de um metro e tanto
Me mato pra não morrer
Minha condição, minha condução
Meu minuto de silêncio
Os meus minutos mal somados
Sadomasoquismo são
Meu trabalho mais que forçado
Morrendo comigo na mão
[Pra dilatarmos a alma
Temos que nos desfazer
Pra nos tornarmos imortais
A gente tem que aprender a morrer
Com aquilo que fomos
E aquilo que somos nós] "
O teatro mágico.
sábado, 16 de junho de 2007
UM BELO SONHO
Uma menina se apaixonou por um menino.
E tudo que ela queria era estar perto dele.
E com ele, ela curtiria los hermanos.
E se ele não gostasse, ela escutaria música eletrônica.
Sim, sim... Por ele, ela esuctaria.
E se ela cansasse, juntos eles ouviriam Cold Play.
E o céu teria estrelas.
E o jardim teria lírios brancos.
E eles não acordariam.
quinta-feira, 7 de junho de 2007
Nostalgia
domingo, 27 de maio de 2007
E eu, que estou só de passagem...
Sinto o tempo passar e isso não é uma observação, é um sentimento. O "tic tac" já habita meu subconsciente e isso não é uma música, é um som que faz questão de lembrar a efemeridade dos acontecimentos, mas não da falta deles. Quando não acontece nada o "tic tac" fica mais alto e certas lembranças vêm à tona, e o sentimento do tempo passando persiste. Não é só através da correria cotidiana que se briga contra o tempo, mas também nos momentos que se percebem as algemas... Estas nos impedem de voar, de sermos quem podemos ser.
Sentir o tempo é cruel. Afinal, onde está a intensidade da vida? Em qualquer lugar que não seja um relógio... Em qualquer lugar que não exista algemas nem grilhões... Em um lugar em que a utopia tem forças, em que todos são dotados da liberdade de achar que o mundo quer ser mudado.
terça-feira, 15 de maio de 2007
NA INTRODUÇÃO DE UMA MADRUGADA...
Eu tento escrever e você tenta ler, mas minha letra ficou ilegível e a sua compreensão foi embora com o sol.
Os ombros estão tensos com a pressão do dia que acabou;
A cabeça dói com o acúmulo de informações;
As pernas estão cansadas devido à longa jornada.
Eu almejo devanear olhando para o horizonte e você acha que tudo é possível.
A mesmice do cotidiano consome a paciência;
A visão é danificada por opiniões preconcebidas;
A audição prejudicada com os barulhos alheios.
Eu quero dormir abraçada e você acha que isso é possessividade.
A coluna pede um descanso que vai além do sono bem dormido;
O coração pede um calor que o lençol não proporciona;
E na barriga, aquele frio que não se explica.
sábado, 28 de abril de 2007
"SEXO VERBAL NÃO FAZ MEU ESTILO"
domingo, 15 de abril de 2007
Entregue-se! OU não...
Ora, faça-me o favor!
Pelo menos uma vez: largue essa teoria e vá em busca da prática, já que tanto lhe custa conciliar as duas...
Olhe o horizonte de cabeça erguida e penetre no brilho da aurora para saber de uma vez por todas o que significa intensidade...
Perceba a sinceridade de um sorriso e deixe-se levar...
Jogue os dados sem se preocupar com os resultados...
Ponha as cartas na mesa sem medo da reação dos adversários...
Dance com a música...
Desafie o silêncio com um grito...
Deixe a ferida cicatrizar por si mesma
Mensure o tamanho do seu vazio e não chore...
Ria dos seus defeitos...
Pense no infinito às pequenas proporções, porque assim as dimensões podem ser alteradas...
Abandone o imutável sem medo de perder referenciais...
Abuse dos cinco sentidos e permita-se novas sensações, dê asas aos seus instintos...
Multiplique os momentos singulares da sua vida...
Ouse sem medo de ser inconsequente...
E pare!
Largue essas reticências e ponha um ponto final em seu devido lugar.
Agora...
Voltemos à racionalidade.
quarta-feira, 4 de abril de 2007
Explorando o vazio
É nessas horas que você procura alguém e não acha. Até porque nem um batalhão preencheria o seu vazio interno, quase um buraco negro.
E para onde fugir? Onde se esconder?
Em sim mesmo, porque é no interior de sua carapaça que você cabe exatamente, e o teto deixa de ser o limite porque não há nada físico, só o cansaço! Porque ninguém sabe até onde é físico ou psicológico, tudo se mistura quando nos cansamos de remar contra a maré.
E o percurso da fuga é uma música, ou um poema, um abraço amigo, um sorriso irmão.
E se esses momentos não fugissem das nossas mãos, poderíamos nos perder no caminho, pois resolveríamos habitá-los até a tempestade passar.
E será que é só de abrigo que você precisa? Talvez você precise "andar de mãos dadas" a convite de Carlos Drummond, talvez você precise de um pôr do sol com uma companhia agradável, de um beijo depois do espetáculo, deitar na grama, ver as estrelas e simplesmente esperar amanhecer! Porque quase sempre as pessoas se renovam no início de novos ciclos, talvez porque exista uma interrupção no continuum da inércia, e você...
Vai acreditar?
Siga o caminho...
E cuidado com o buraco negro.
E para onde fugir? Onde se esconder?
Em sim mesmo, porque é no interior de sua carapaça que você cabe exatamente, e o teto deixa de ser o limite porque não há nada físico, só o cansaço! Porque ninguém sabe até onde é físico ou psicológico, tudo se mistura quando nos cansamos de remar contra a maré.
E o percurso da fuga é uma música, ou um poema, um abraço amigo, um sorriso irmão.
E se esses momentos não fugissem das nossas mãos, poderíamos nos perder no caminho, pois resolveríamos habitá-los até a tempestade passar.
E será que é só de abrigo que você precisa? Talvez você precise "andar de mãos dadas" a convite de Carlos Drummond, talvez você precise de um pôr do sol com uma companhia agradável, de um beijo depois do espetáculo, deitar na grama, ver as estrelas e simplesmente esperar amanhecer! Porque quase sempre as pessoas se renovam no início de novos ciclos, talvez porque exista uma interrupção no continuum da inércia, e você...
Vai acreditar?
Siga o caminho...
E cuidado com o buraco negro.
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