terça-feira, 24 de março de 2009

"um pouco de ar, por favor!"



“Bem amigos da rede globo, estamos aqui reunidos mais uma vez, pra falar de um tema que todo mundo gosta...”
É mais ou menos assim que Galvão começa, né?! Isso pra falar de futebol, ou quem sabe de fórmula 1, e por aí vai. E eu, na qualidade de não-narradora, ou autora-não-popular, apenas o cito... Acho que é uma tendência! É fashion se mostrar conectado, e sabendo de tudo que “rola nas paradas de sucesso”.
E, mantendo a linha de raciocínio posso entrar nas badalações, comentar temas em alta... Quem sabe assim não me sinto inserida na sociedade?
Vivendo no neoliberalismo exacerbado, no qual tudo é empresa, só posso debater a respeito de investimentos socialmente responsáveis, não é mesmo minha gente?
Porque eu sonho em provar que essa parada de desenvolvimento sustentável só surgiu por ser é uma tendência, algo do tipo que incentiva o consumo, sabe? Não é a toa que falam em “consumo sutentável”.
A revista exame lançou um prêmio para estimular as empresas a assumirem projetos de responsabilidade social no Brasil. Alguém ficaria pasmo se eu dissesse que a vencedora foi a Natura?
Alguém suspeita que é a que mais investe em propaganda a esse respeito? O planejamento estratégico dela é todo baseado no marketing social! Portanto, eu realmente creio que seja merecedora de tal mérito! Você não? Já dizia o ditado “quem não anuncia, não petisca!”.... Ou qualquer coisa do tipo.
Não afirmo que determinados projetos sejam ruins, porém, considero um absurdo determinadas entidades se sustentarem criando necessidades nas pessoas... Afinal, até onde isso é responsabilidade social? Sim, porque até onde sei, os princípios da responsabilidade social não são baseados em marketing social! São coisas distintas, e isso tem que ser abordado!
É quase como a C&A colocando Gisele Bünchen pra fazer propaganda, entende? Aí a grande massa percebe que está na moda e sente a vontade de usar “aquilo” também.
Ai, que desabafo de gente revoltada!