domingo, 19 de outubro de 2008
ALMEJAR VERSUS ALCANÇAR
Eu quero ser uma fábrica de poemas;
Eu quero devanear sem ser chamada de lunática;
Eu quero admirar sem me limitar;
Eu quero ser consumidora de tempo ao meu modo.
Eu desejo ser comunicadora de harmonia;
Eu desejo esquecer as irrelevâncias;
Eu desejo acreditar no amanhã;
Eu desejo não ser observada.
Eu anseio fotografar para sentir a magia de paralisar o tempo;
Eu anseio conhecer o mundo e quebrar suas fronteiras;
Eu anseio dedilhar um instrumento de cordas e com ele musicar todos os momentos;
Eu anseio andar de mãos dadas com alguém que me ajude a seguir em diante.
Eu consigo escrever sem rimar e sem obedecer a métrica;
Eu consigo não atingir metas;
Eu consigo me desfazer de crenças;
Eu consigo olhar em volta e ver pessoas que estão cada vez mais presas ao mal da solidão e ainda assim vestem o manto da hipocrisia.
Entre almejar e alcançar existem abismos incomensuráveis, e nem sempre estamos preparados para lidar com frustrações e nos depararmos com um “não”. Só me restam mais desejos: que as nossas feridas parem de sangrar e jamais sejam reabertas, e que as cicatrizes nos tragam aprendizados que amenizem dores futuras.
sábado, 11 de outubro de 2008
Bom?
Bom mesmo é escrever...
Difícil é conseguir expressar o que sente!
A busca incessante por respostas é maior que o desejo latente de tranquilidade.
Bom mesmo é escrever...
Difícil é ser coerente!
Do pensar ao agir existem precipícios tremendos.
Bom mesmo é escrever...
Difícil é achar um remetente!
É que nem todos respeitam as diferenças, nem tão pouco estão aptos a nadar no mar da solidão.
Bom...
Bom mesmo deve ser...
Ser bom.
(26/11/05)
terça-feira, 24 de junho de 2008
Nada de novo
Eu odeio escrever na primeira pessoa! Porque de repente tudo fica tão pessoal, tão exposto, tão invasivo... E coisas que ficariam guardadas pelo prazer de cultivar o bom senso simplesmente desabrocham, e se expandem de forma tão avassaladora!
É como se não existisse uma coisa só a dizer, e de repente tudo está dito.... Mas sem foco.
É como se estivesse preso por tanto tempo e saísse sem controle, sem medo de tocar em feridas, sem medo de julgamentos, nem tão pouco de conseqüências.
Por vezes penso que escrever é como ter vontade de andar de mãos dadas: Nem sempre se diz o que se sente, só se mostra de maneira não muito clara que você precisa de um alguém que segure a sua mão e lhe faça acreditar que pelo menos parte do que há em você não está em total discordância com o universo.
E escrever nem sempre tem conclusão.
A gente escreve uma coisa qualquer, de maneira qualquer, pra recorrer a esse mecanismo de fuga que nem sempre é qualquer.
Vamos fazer uma ode a quem consegue se expressar claramente, a quem consegue compartilhar o abstrato sem desvalorizar o que já é concreto...
Vamos seguir sem foco pra não ficarmos presos à mediocridade de desejos...
Vamos ser um pouco de Renato Russo e tentar “fazer um filme”... Um pouco de Lenine e “juntar todas elas num só ser”... Um pouco de Camelo e “acreditar que a estrada vai além do que se vê”...
Vamos sair daqui sem olhar pra trás e só levar na bagagem o que agregar, porque o resto é excesso de peso e o cansaço já está por vir...
Vamos ser honestos e pronunciar o “não” se não quisermos ir... Ficar estáticos também é de nosso direito. Ou no fim das contas.... Voltar a falar em primeira pessoa e acreditar na solidão de estado de espírito.
quarta-feira, 14 de maio de 2008
Cá com os meus botões
Raciocinem comigo...
A gente pensa, pensa, pensa... E no final acaba fazendo caquinha, né?!
É uma pseudo-racionalidade irritante essa que nos assola!
OU seria "que atinge toda a humanidade"?
E cá estou eu, com os meus botões... E minhas reticências...
Eu penso muito do que vejo, do que ouço, ou do que em suma, sofro influências. É de ambiente interno, de ambiente externo, de você, do vizinho, da internet, da ciência, da mídia, da família, das razões, das emoções...
E no final das contas, transpiro, me canso, descanso, me limpo... E estou pensando.
E se penso, e se reflito, por que erro?
Mais adiante: se critico o BBB, por que venho me expor aqui? (Será que eu tenho um vetor exibicionista?).
Já dizia alguém que pensou: "penso, por isso existo". E até hoje a gente se pergunta se não é justamente o contrário!
Quero ser hoje o que não fui ontem e amanhã o que nem sonhava em ser hoje, mas tudo isso sem perder a essência, e pra isso eu penso. OU acho que penso. Ou queria pensar mais porque me cobram isso (ou me cobro isso).
E sigo focada nos erros e pensando em implementar acertos.
Mas cá com os meus botões, concluo: eu penso com impulsos!
quinta-feira, 10 de abril de 2008
Melancolia palpável
E mais um dia está quase no fim!
E como foi mesmo que ele começou?
Ao que se lembra, com uma pessoa que não queria abrir os olhos, ou pelo menos não acreditava ter forças pra fazê-lo.
E essa pessoa levanta descabelada, com mal hálito, olhos remelados...
E se olha no espelho pra dizer a si mesma que o dia vai passar se arrastando e em cada segundo as cobranças vão lhe pesar mais.
Toma-se um banho, ingere-se algo que se prepara rápido e olha-se no espelho novamente. Repara-se uma corcunda consequente do peso de um fardo pesado. Acredita-se que o choro alivia a dor, ou pelo menos "amansa" certas revoltas, e onde estão as lágrimas nesse momento?
Chega a hora de partir e se vai...COm a melancolia que fica, e toca, e incomoda...
sexta-feira, 7 de março de 2008
Tudo é uma questão de tempo
Um dia a gente está no escuro, outro dia no claro...
Certo dia a gente se desapega do “especial” e percebe que tudo é banal,ou o torna banal, né?! A banalização é tão comum que a gente chega até a considerar normal. Hoje mesmo você vai ver um montão de notícias de morte no telejornal e o máximo que vai fazer é se questionar sobre quanto valeu a vida daquele fulaninho que levou a bala perdida, ou do que morreu por negligência do médico... E vai ser efêmero porque tudo passa, correto?
Um dia a gente acha que sabe, no outro, o conhecimento foge...
Um dia a gente repete, no outro, mal fala....
Um dia a gente tem perspectiva, no outro, NADA...
Um dia a gente acha que tudo é efêmero, no outro, a gente olha pra trás e percebe que alguns fatos, pessoas e coisas marcam...
Um dia a gente é egoísta (fere, machuca, não se doa, age sem medir as conseqüências na vida de quem cativou....), no outro é altruísta (e só estende a mão).
Um dia a gente se esconde, no outro se revela.
Um dia a gente baixa a cabeça, no outro se rebela.
Uma hora a gente lembra, a outra esquece...
Uma hora a gente se acha útil, na outra inútil...
Uma hora a gente ri, a outra chora....
Uma hora a gente sussurra, a outra berra...
E canta, e ouve, e come, e dorme, e estuda, e trabalha, e corre, e toma banho, e quer carinho, e quer carão, e precisa de atenção, e nem sempre vive.
É tudo uma questão de tempo! (Que às vezes a gente acha que o tem, às vezes não).
Um ponto de vista, um sentimento, uma dor, uma alegria, uma perda, uma vitória... Tudo diverge no momento que a gente vai interpretar porque temos reações diferentes com a bagagem trazida e o percurso realizado.
Neste exato momento o que quero é ter o compasso de uma música e a leveza de não ter que me explicar.
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008
DUELO DE EGOS
Sabe que eu até que sou um ser obediente?
Você dita o que eu devo vestir, eu visto; você dita o que eu devo ouvir, eu ouço; você dita o que eu tenho que assistir, eu assito...
Você diz que eu tenho que me atualizar, manter a forma, falar inglês, ganhar dinheiro...
Não negue! POr vezes você até insinua que devo ser promíscua! E que devo me permitir. MAS essa "banda podre" a gente deixa nos bastidores, né?! Agora me responda uma coisa: Como? As câmeras estão aí e cada passo é um flash.
Vejo e sou vista... Julgo e sou julgada. E cada vez mais a primeira impressão é a que fica.
Eu queria definir identidade...
Eu queria definir liberdade...
E eu já não sei...
OU eu não consigo...
E eu levo adiante sem olhar para os lados...
E eu susurro com vontade de gritar.
Em suma: falo tanto na primeira pessoa que concluo que tudo se resume a um duelo de egos.
Você dita o que eu devo vestir, eu visto; você dita o que eu devo ouvir, eu ouço; você dita o que eu tenho que assistir, eu assito...
Você diz que eu tenho que me atualizar, manter a forma, falar inglês, ganhar dinheiro...
Não negue! POr vezes você até insinua que devo ser promíscua! E que devo me permitir. MAS essa "banda podre" a gente deixa nos bastidores, né?! Agora me responda uma coisa: Como? As câmeras estão aí e cada passo é um flash.
Vejo e sou vista... Julgo e sou julgada. E cada vez mais a primeira impressão é a que fica.
Eu queria definir identidade...
Eu queria definir liberdade...
E eu já não sei...
OU eu não consigo...
E eu levo adiante sem olhar para os lados...
E eu susurro com vontade de gritar.
Em suma: falo tanto na primeira pessoa que concluo que tudo se resume a um duelo de egos.
sexta-feira, 18 de janeiro de 2008
Mensagens enviadas
Bom dia!!!!!!!!!!!
HOje é quinta-feira, dia 29/11/07. No Recife há uma manhã ensolarada (na verdade um calor desgraçado que me fez suar pra caramba num busão superlotado!!!), ótima pra quem tem um corpo sarado ir exibir sua figura na praia. Aos mais gordos e pobres sobra a opção de ficar numa sala com em um ar condicionado cheio de poeira, na frente do pc fazendo planilhas de custos e digitando referências de pneus.
Enquanto isso Humberto Gessinger canta no ouvido da estagiária que está aterrorizada com a prova de auditoria 1 que vai ter amanhã.
Mas a balança comercial está equilibrada apesar da instabilidade do dólar... E o nível de endividamento da população brasileira diminuiu... E as geleiras do Himalaia estão derretendo mais que o comprimido de vitamina C efervecente que eu tomei ontem.
HOje é quinta-feira, dia 29/11/07. No Recife há uma manhã ensolarada (na verdade um calor desgraçado que me fez suar pra caramba num busão superlotado!!!), ótima pra quem tem um corpo sarado ir exibir sua figura na praia. Aos mais gordos e pobres sobra a opção de ficar numa sala com em um ar condicionado cheio de poeira, na frente do pc fazendo planilhas de custos e digitando referências de pneus.
Enquanto isso Humberto Gessinger canta no ouvido da estagiária que está aterrorizada com a prova de auditoria 1 que vai ter amanhã.
Mas a balança comercial está equilibrada apesar da instabilidade do dólar... E o nível de endividamento da população brasileira diminuiu... E as geleiras do Himalaia estão derretendo mais que o comprimido de vitamina C efervecente que eu tomei ontem.
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