sexta-feira, 7 de março de 2008
Tudo é uma questão de tempo
Um dia a gente está no escuro, outro dia no claro...
Certo dia a gente se desapega do “especial” e percebe que tudo é banal,ou o torna banal, né?! A banalização é tão comum que a gente chega até a considerar normal. Hoje mesmo você vai ver um montão de notícias de morte no telejornal e o máximo que vai fazer é se questionar sobre quanto valeu a vida daquele fulaninho que levou a bala perdida, ou do que morreu por negligência do médico... E vai ser efêmero porque tudo passa, correto?
Um dia a gente acha que sabe, no outro, o conhecimento foge...
Um dia a gente repete, no outro, mal fala....
Um dia a gente tem perspectiva, no outro, NADA...
Um dia a gente acha que tudo é efêmero, no outro, a gente olha pra trás e percebe que alguns fatos, pessoas e coisas marcam...
Um dia a gente é egoísta (fere, machuca, não se doa, age sem medir as conseqüências na vida de quem cativou....), no outro é altruísta (e só estende a mão).
Um dia a gente se esconde, no outro se revela.
Um dia a gente baixa a cabeça, no outro se rebela.
Uma hora a gente lembra, a outra esquece...
Uma hora a gente se acha útil, na outra inútil...
Uma hora a gente ri, a outra chora....
Uma hora a gente sussurra, a outra berra...
E canta, e ouve, e come, e dorme, e estuda, e trabalha, e corre, e toma banho, e quer carinho, e quer carão, e precisa de atenção, e nem sempre vive.
É tudo uma questão de tempo! (Que às vezes a gente acha que o tem, às vezes não).
Um ponto de vista, um sentimento, uma dor, uma alegria, uma perda, uma vitória... Tudo diverge no momento que a gente vai interpretar porque temos reações diferentes com a bagagem trazida e o percurso realizado.
Neste exato momento o que quero é ter o compasso de uma música e a leveza de não ter que me explicar.
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4 comentários:
Adorei o texto. Mais uma vez, lembrou-me uma música de Moska: Um e Outro.
Caso não conheça, aqui vai link para a letra:
http://letras.terra.com.br/paulinho-moska/82590/
É isso ai..
Adoro essa coisa do existencialismo.
Mas nos que moramos em uma cidade tão violenta e de tamanhã disparidades sociais e culturais, sofremos infinitas vezes mais...
O melhor é ser inerte, só mais um, só um alienado... os cabeça oca sofrem menos.
Em contra partida... São mais violentos, burros e morrem cedo.
Ser ou não ser :)
lindo!
O texto todo eu imaginei imagens que correspodiam às contradições das frases... dá pra fazer um vídeo lindo com esse texto! parabéns!
e a frase final sobre música tem muuuuuito a ver com o que penso tb!
bjus!
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