quarta-feira, 5 de maio de 2010

Revolta política

Hoje definitivamente não foi um dia comum! Acordei com o barulho da chuva intensa que caía na capital pernambucana, com uma tensão típica de dia de final de campeonato!
O dia segue, eu descubro que Dilma chamou Temer pra ser vice dela...
Eu queria dizer que minhas convicções morreram por completo, sabe? Mas hoje vi que não! Ainda tenho capacidade de me revoltar quando vejo certas coisas! E pior: me revoltar e continuar na inércia!
Paro pra pensar nas pessoas que se deram mal por defender outros ideais (que estão muito distantes de se tornarem vigentes no nosso país)... E se eu fosse um deles? O que eu faria hoje em dia, ao me deparar com uma geração que prefere acreditar que política é algo distante e para "os outros fazerem"?
Se eu fosse um daqueles comunistas que foram torturados na ditadura e visse o país nessa pocilga política, eu contrataria homens-bomba pra acabar com isso e vingar a minha "abestalhadice" de lutar por um mundo mais justo. É como diria o amigo Gessinger "começo a achar normal que algum boçal atire bombas na embaixada...".
Não que eu seja comunista! Porque ao ler um pouco de história, sabemos que muitos dos países que adotaram tal regime também acabaram por enveredar nos caminhos da ditadura. Mas acredito que muitos dos revolucionários que defenderam tais ideais (e muitos dos que morreram por eles), acreditavam em uma sociedade mais justa e tentaram pelo menos sair da passividade.
Hoje temos "democracia" e "liberdade" pra nos candidatarmos e colocarmos a mão na massa. Alguém o faz?
Muitos de nós temos parentes que foram torturados na ditadura... Foram presos, torturados, alguns mortos, outros exilados... No fim das contas, conseguiram com que hoje nós tivéssemos o direito de votar, e o melhor: o direito de nos candidatar! De fazer oposição, ou de continuar na situação!
Eu apenas sinto muito!
Por todos aqueles que sofreram pra conquistar direitos que hoje eu usufruo e não valorizo...
Por fazer parte de uma geração que tem medo da liberdade!

terça-feira, 20 de abril de 2010

A vida e as suas mortes





A gente sabe que está ficando velho quando sente o peso das frustrações nos ombros...
Quando passa a acreditar que o horizonte é apenas uma linha que separa o céu e a terra, linha esta que a cada passo fica mais distante.
Quando passa a chorar apenas pela morte de expectativas.
Quando passa a dar boas vindas a um mundo sem escolhas, um lugar ideal para todo aquele que não deseja se sentir a vontade, a menos que o indivíduo saiba lidar com competição.
Quando deixa de encontrar com os amigos porque não tem tempo.
Quando passa a acreditar que 24 horas são insuficientes para todas as obrigações.
Quando passa a considerar o lazer uma coisa supérflua.
Sugestão?
Regressar à juventude e abraçar de vez a idéia de estar em um oceano de informações, rodeado de barcos guiados por cabeças fúteis!