Tem coisa mais deprimente que você não poder contar com a administração pública que você mesmo pôs no poder?
Por mais que eu seja leiga, uma breve consulta à Constituição Federal do nosso país me faz ter a certeza absoluta de que todo cidadão tem direito à saúde pública. Para ser mais exata, no artigo 6º:
"São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição".
E ainda o artigo 196 da nossa Carta Magna enfatiza:
"a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação".
Então, prezados cidadãos cumpridores de deveres e pagadores de impostos, o que falta à administração pública pesqueirense no que tange ao nosso Hospital?
Sei que existem casos assustadores de negligência em todo o país, mas hoje quero fazer o meu protesto pelo fato de uma pessoa da minha família ter sido diretamente atingida por tamanho descaso.
Minha mãe, eleitora da atual prefeita de Pesqueira precisou de um médico esse fim de semana e, simplesmente não encontrou. Nem no Hospital Municipal Dr. Lídio Paraíba, nem na Casa de Saúde. Eu chamo a atenção para o fato de a mesma possuir plano de saúde, mas simplesmente não encontrar profissionais que possam lhe atender!
Eleitores ou não, a cidade tem que ser gerida de forma a respeitar todos que nela moram e contribuem para seu funcionamento! Sei que minha mãe não foi a única paciente a sair de lá sem atendimento, sei mais ainda que há pessoas em estado mais grave que o dela! E é por isso que venho aqui protestar e pedir apoio de todos os que compartilharem da minha revolta!
Saúde é um dos requisitos primordiais para a população e, diga-se de passagem, FOI UM DOS ITENS MAIS COMENTADOS NA CAMPANHA!
Me ajudem a responder os seguintes questionamentos:
1)Os salários dos médicos estão sendo pagos?
2)Como estão sendo empregadas as verbas do hospital?
3)Se todas as verbas estão empregadas como devem, onde estão os profissionais que geram tais despesas para os NOSSOS bolsos?
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
sábado, 27 de agosto de 2011
Sábado do contra
Enquanto houver sábado haverá alguém pra cantar o sucesso do Cidade Negra (“todo mundo espera alguma coisa de um sábado à noite...”). Tem gente que espera até pra assistir UFC!
No Rio, em Marraquech, ou no raio que o parta, combate não é comigo! Prefiro esperar nada a esperar uma luta. Seja ela qual for. Com ou sem brasileiros participando. Definitivamente o meu nacionalismo ainda não partiu pra esse lado. Pelo que acompanhei nas redes sociais, sou uma exceção por pensar assim e, mais uma vez estou usando a escada rolante do lado contrário ao do mundo.
E no caminho das divergências de preferências eu me encontro na mesma esquina em que Camus se perdeu quando escreveu “o estrangeiro”. Na época dele não existia UFC, mas talvez já existisse muitos outros motivos para banalidades tornarem-se moda. E pode ser que justamente por isso o Gessinger tenha escrito uma música de mesmo nome e eu sempre a escute... Também por isso que o York se torna minha trilha sonora de desilusões recorrentes...
Enquanto houver sábado também haverá quem esteja à margem de tudo o que se passa no mundo... Observando, se encantando cada vez mais com o silêncio, cansando de remar contra a maré.
domingo, 6 de fevereiro de 2011
Súplica
Em tempos de megalomania por informações, até a língua muda! Mas venhamos e convenhamos, isso já era previsto por autores de clássicos imperdíveis da literatura mundial: George Orwell, Adous Huxley, Anthony Burgess, Saramago, e por aí vai.
Cada vez mais o ditado “tempo é dinheiro” é praticado e isso torna tudo que é demorado dispensável, enfadonho. Basta parar pra ler um torpedo de celular, ou um post no twitter para observar isso. As palavras são reduzidas a sílabas e às vezes até a siglas. É tudo muito curto, prático, objetivo.
Até a humilde autora que vos fala aderiu a tamanha “praticidade”.
Qual a última vez que você postou no seu blog? Blogs também tornaram-se enfadonhos?
O que me estimulou a voltar a escrever períodos com mais de cento e quarenta caracteres foi uma “música” que, definitivamente deu adeus a todos os valores que eu pudesse desejar que fossem perenes. É isso que dá assistir Faustão, né? Rs...
Nome da música: Eu era feio
Nome da banda: Garota Safada
Um trecho da letra: Eu era feio
Agora tenho carro ô ô ô ô
Eu sou muita mais feliz
A mulherada me adora
Tenho amigos pra curtir
E um carrão da hora
Minha vida mudou
Agora só penso em diversão
Tristeza xô,xô,xô
Adeus solidão
Por que em meio a tanto acesso a informação, as pessoas continuam se sentindo tão sozinhas? Sim, porque pra mim, quem compõe tal letra está desesperado para ser socialmente aceito, e nesta situação isso implica em ser financeiramente bem sucedido. Eu me choco com tamanha inversão de valores! Para quem ainda tem o mínimo de sensibilidade, letras de música do tipo acima citado, e as filosofias e práticas por elas incitadas, significam o exercício da crueldade da humanidade consigo mesma.
É de repente você se deparar diante de um mundo no qual a sua dor não cabe, no qual você lê “o estrangeiro” de Camus e se identifica até com o título.
Esse texto é uma súplica! Um pedido de socorro! Um grito de angústia digitado em um teclado que clama por justiça social, calor humano e vínculos gerados pelo “ser” das pessoas envolvidas.
Chega de instabilidade! Estou cansada de ser julgada pelo meu “não ter”! Eu quero conhecer o chão que piso e ter confiança para acreditar que as pessoas que me rodeiam assim o fazem pelo que tenho no meu caráter e não na minha conta bancária! Nem que eu tenha que me mudar para o asteróide B-612 pra ver tudo isso acontecer.
Cada vez mais o ditado “tempo é dinheiro” é praticado e isso torna tudo que é demorado dispensável, enfadonho. Basta parar pra ler um torpedo de celular, ou um post no twitter para observar isso. As palavras são reduzidas a sílabas e às vezes até a siglas. É tudo muito curto, prático, objetivo.
Até a humilde autora que vos fala aderiu a tamanha “praticidade”.
Qual a última vez que você postou no seu blog? Blogs também tornaram-se enfadonhos?
O que me estimulou a voltar a escrever períodos com mais de cento e quarenta caracteres foi uma “música” que, definitivamente deu adeus a todos os valores que eu pudesse desejar que fossem perenes. É isso que dá assistir Faustão, né? Rs...
Nome da música: Eu era feio
Nome da banda: Garota Safada
Um trecho da letra: Eu era feio
Agora tenho carro ô ô ô ô
Eu sou muita mais feliz
A mulherada me adora
Tenho amigos pra curtir
E um carrão da hora
Minha vida mudou
Agora só penso em diversão
Tristeza xô,xô,xô
Adeus solidão
Por que em meio a tanto acesso a informação, as pessoas continuam se sentindo tão sozinhas? Sim, porque pra mim, quem compõe tal letra está desesperado para ser socialmente aceito, e nesta situação isso implica em ser financeiramente bem sucedido. Eu me choco com tamanha inversão de valores! Para quem ainda tem o mínimo de sensibilidade, letras de música do tipo acima citado, e as filosofias e práticas por elas incitadas, significam o exercício da crueldade da humanidade consigo mesma.
É de repente você se deparar diante de um mundo no qual a sua dor não cabe, no qual você lê “o estrangeiro” de Camus e se identifica até com o título.
Esse texto é uma súplica! Um pedido de socorro! Um grito de angústia digitado em um teclado que clama por justiça social, calor humano e vínculos gerados pelo “ser” das pessoas envolvidas.
Chega de instabilidade! Estou cansada de ser julgada pelo meu “não ter”! Eu quero conhecer o chão que piso e ter confiança para acreditar que as pessoas que me rodeiam assim o fazem pelo que tenho no meu caráter e não na minha conta bancária! Nem que eu tenha que me mudar para o asteróide B-612 pra ver tudo isso acontecer.
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