domingo, 8 de julho de 2007
Entre a metamorfose ambulante e um padrão exigido
Sabe aqueles dias em que você está longe de tudo? E de todos?
Isso mesmo! Aqueles em que o mais tangível é o inalcansável.
Aqueles em que os bocejos são a trilha sonora e dar um "bom dia" ou um sorriso espontâneo são atitudes que exigem grande esforço.
É, meu camarada! A rotina te engoliu e eu não vou me juntar a você pra lamentar, afinal, eu seria só mais uma
Não, não! Me recuso!
Você está cansado, não é?!
Isso explica a falta de reação.
Ou não!
Você está se questionando se faz falta nos grupos que costumava frequentar?
Se a sua banda favorita lançou um CD novo?
Se o presidente do seu país continua dando declaraçõs absurdas a respeito do show de corrupções que assola a nação?
Vocês não tem tempo de procurar saber qual a melhor seção do cinema, hein?!
É...
São prioridades, né?!
Você lembra a última vez que foi ao médico?
Ah! Deixa eu adivinhar: conversa com amigos, só em fast food, não é isso?!
Pois eu não digo mais nada!
Me calo diante do caos.
Me anulo da condição de ser pensante.
E vejo você se afogar no mar de responsabilidades capitalistas.]E com isso, me torno sua cúmplice.
E você pensa quando houver estabilidade financeira, haverá oportunidade de realização dos seus sonhos?!
Desculpa! Eu sei que você já não pensa. É uma questão de defesa. Até porque abrir mão das suas asas não foi fácil, não é?!
Tenho medo das suas algemas, dos seus grilhões. Por isso eu fujo, com minha alma de andorinha... Até me deparar com o inevitável.
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