domingo, 27 de maio de 2007

E eu, que estou só de passagem...


Sinto o tempo passar e isso não é uma observação, é um sentimento. O "tic tac" já habita meu subconsciente e isso não é uma música, é um som que faz questão de lembrar a efemeridade dos acontecimentos, mas não da falta deles. Quando não acontece nada o "tic tac" fica mais alto e certas lembranças vêm à tona, e o sentimento do tempo passando persiste. Não é só através da correria cotidiana que se briga contra o tempo, mas também nos momentos que se percebem as algemas... Estas nos impedem de voar, de sermos quem podemos ser.
Sentir o tempo é cruel. Afinal, onde está a intensidade da vida? Em qualquer lugar que não seja um relógio... Em qualquer lugar que não exista algemas nem grilhões... Em um lugar em que a utopia tem forças, em que todos são dotados da liberdade de achar que o mundo quer ser mudado.

terça-feira, 15 de maio de 2007

NA INTRODUÇÃO DE UMA MADRUGADA...


Eu tento escrever e você tenta ler, mas minha letra ficou ilegível e a sua compreensão foi embora com o sol.
Os ombros estão tensos com a pressão do dia que acabou;
A cabeça dói com o acúmulo de informações;
As pernas estão cansadas devido à longa jornada.

Eu almejo devanear olhando para o horizonte e você acha que tudo é possível.
A mesmice do cotidiano consome a paciência;
A visão é danificada por opiniões preconcebidas;
A audição prejudicada com os barulhos alheios.

Eu quero dormir abraçada e você acha que isso é possessividade.
A coluna pede um descanso que vai além do sono bem dormido;
O coração pede um calor que o lençol não proporciona;
E na barriga, aquele frio que não se explica.